SECÇÃO II De prédios urbanos
Artigo 76º Segunda avaliação de prédios urbanos 1 - Quando o sujeito passivo, a câmara municipal ou a Autoridade Tributária e Aduaneira não
concordarem com o resultado da avaliação direta de prédios urbanos, podem, respetivamente, requerer
ou promover uma segunda avaliação, no prazo de 30 dias contados da data em que o primeiro tenha sido
notificado. (Redação da Lei n.º 12/2022, de 27 de junho)
2 - A segunda avaliação é realizada com observância do disposto nos artigos 38.º e seguintes, por uma comissão composta por um perito regional designado pelo director de finanças em função da sua posição na lista organizada por ordem alfabética para esse efeito, que preside à comissão, um vogal nomeado pela respectiva câmara municipal e o sujeito passivo ou seu representante. (Redação dda Lei 64-A/2008, de 31 de dezembro)
3 - Não obstante o disposto no número anterior, desde que o valor patrimonial tributário, determinado nos
termos dos artigos 38.º e seguintes, se apresente distorcido relativamente ao valor normal de mercado, a
comissão efetua a avaliação em causa e fixa novo valor patrimonial tributário, devidamente
fundamentada, de acordo com as regras constantes do n.º 2 do artigo 46.º, quando se trate de
edificações, ou por aplicação do método comparativo dos valores de mercado no caso dos terrenos para
construção e dos terrenos previstos no n.º 4 do mesmo artigo. (Redação da Lei n.º 12/2022, de 27 de junho)
4 - Pelo pedido de segunda avaliação a que se refere o número anterior é devida pelo requerente uma taxa inicial, a fixar entre 7,5 e 30 unidades de conta, tendo em conta a complexidade da matéria. (Redação da Lei n.º 82-D/2014, de 31 de dezembro; de acordo com o n.º 51.º da mesma Lei, a alteração operada pelo seu artigo 6.º tem natureza interpretativa)
5 - Para efeitos dos números anteriores, o valor patrimonial tributário considera-se distorcido quando é superior em mais de 15 % do valor normal de mercado, ou quando o prédio apresenta características valorativas que o diferenciam do padrão normal para a zona, designadamente a sumptuosidade, as áreas invulgares e a arquitectura, e o valor patrimonial tributário é inferior em mais de 15 % do valor normal de mercado. (Redação da Lei 64-A/2008, de 31 de dezembro)
6 - Sempre que o pedido ou promoção da segunda avaliação sejam efetuados nos termos do n.º 3, devem ser devidamente fundamentados. (Redação da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de Dezembro)
7 - É aplicável o disposto nos n.os 3 a 6 do artigo 74.º e nos n.os 4 a 7 do artigo 75.º. (Redação da Lei n.º 12/2022, de 27 de junho)
8 - Quando uma avaliação de prédio urbano seja efectuada por omissão à matriz ou na sequência de transmissão onerosa de imóveis e o alienante seja interessado para efeitos tributários deverá o mesmo ser notificado do seu resultado para, querendo, requerer segunda avaliação, no prazo e termos dos números anteriores, caso em que poderá integrar a comissão referida no n.º 2 ou nomear o seu representante. (Aditado pela Leii 64-A/2008, de 31 de dezembro; Anterior n.º 4.)
9 - Nas avaliações em que intervierem simultaneamente o alienante e o adquirente ou os seus representantes, o perito regional que presidir à avaliação tem direito a voto e, em caso de empate, voto de qualidade. (Aditado pela Lei 64-A/2008, de 31 de dezembro; Anterior n.º 5.)
10 - Na designação dos peritos regionais que integram a comissão referida no n.º 2, deve atender-se ao seu domicílio e à localização do prédio a avaliar, com vista a uma maior economia de custos. (Aditado pela Lei 64-A/2008, de 31 de dezembro)
11 - A designação dos vogais nomeados pela câmara municipal é efectuada nos seguintes termos:
a) São afectos por tempo indeterminado, a um ou mais serviços de finanças;
b) Na falta de nomeação do vogal da câmara municipal por prazo superior a 20 dias a contar da data em que for pedida, a comissão é composta por dois peritos regionais designados pelo director de finanças, um dos quais preside, e pelo sujeito passivo ou seu representante;
c) Na falta de comparência do vogal nomeado pela câmara municipal, o diretor de finanças nomeia um
perito regional, que o substitui. (Redação da Lei n.º 12/2022, de 27 de junho)
12 - É aplicável aos vogais designados pelas câmaras municipais, o disposto nos artigos 67.º e 69.º (Aditado pela Lei 64-A/2008, de 31 de dezembro)
13 - No caso dos prédios em compropriedade, sempre que haja mais do que um pedido de segunda avaliação, devem os comproprietários nomear um só representante para integrar a comissão referida no n.º 2, aplicando-se igualmente esta regra em caso de transmissões sucessivas no decurso de uma avaliação, quando exista mais do que um alienante ou adquirente a reclamar. (Redação da Lei 64-B/2011, de 30 de dezembro)
14 - A remuneração do vogal é da responsabilidade da câmara municipal e do sujeito passivo no caso do seu representante. (Aditado pela Lei 64-A/2008, de 31 de dezembro)
|